Sejam benvindos ao Blog da disciplina de Biogeografia.

Professor responsável: Carlos Augusto Figueiredo (Núcleo de Gestão Ambiental . UNIRIO).

Dúvidas sobre a matéria também podem e devem ser trazidas a este espaço, através do email EVOBIOGEO@GMAIL.COM ou na lista de email EVOBIOGEO@GOOGLEGROUPS.COM

IMPORTANTE

Confiram o novo calendário no índice de aulas 2010. A prova final será dia 16 de julho!

Atenção! Você pode optar por fazer um trabalho individual que substitui a nota da segunda prova.
Lembre-se que na segunda prova constará toda a matéria da disciplina. Esta prova será com consulta e com duração de 4 horas.

sábado, março 24, 2007

Exercício: Porque o Museólogo estuda Biogeografia?

Grupo 1:
A museologia em sua formatação como área acadêmica, se desenvolveu a partir de princípios colecionistas, que foram sendo direcionados para princípios positivistas e científicos; formando os gabinetes de curiosidades, onde exemplares de fauna e flora recentemente descobertos em novas terras, eram expostas, organizadoas e preservados no intuito de serem estudadas, pesquisadas ou somente admiradas.
Com o desenvolvimento desse sentido biológico e científico da museologia, fica claro a importância da biogeografia dentro do estudo da museologia, pois é de importância primordial o entendimento para os profissionais de museu, das espécies da flora e fauna, e sua importância, sua identificação, suas reações, periodização, bem como sua localização geográfica no espaço e no tempo.

Grupo 2:
Porque a área de atuação de um museólogo não se restringe somente aos museus e exposições. De acordo com a Nova Museologia, um museólogo trabalha com conservação-patrimônio-comunicação. Logo Patrimônio compreende tanto o Artístico e Histórico como o Natural, então para se preservar é preciso saber sobre o que se está preservando.
Se futuramente formos trabalhar em Parques Ambientais, Jardim Zoológicos, Aquários, Planetários, precisamos ter conhecimento sobre os organismos que alí se encontram, sobre a área a ser preservada. Além do mais, também fornecer meios educativos para a conscientização da comunidade leiga.
De acordo com a História das Ciências Biológicas, sua origem foi nos museus de Ciências Naturais, que por sua vez existem até os dias atuais, onde através de suas exposições e ações educativas transmitem esse conhecimento à sociedade.

Grupo 3:
Pelo caráter multidisciplinar da museologia, que tem como uma de suas infinitas características a preservação da matéria onde se faz necessário o aprendizado sobre a distribuição geográfica e suas conseqüências para a biosfera, constituindo assim o fato museológico.

Grupo 4:
O estudo da biogeografia pode ser aplicado a museologia considerando a interdisciplinaridade das disciplinas. A biogeografia complementa a compreensão do patrimônio natural da museologia. O museólogo precisa ter uma base de conhecimento no trabalho com acervo biológico, fornecida através do estudo da biogeografia, para que a transmissão da mensagem sobre as peças seja correta.

Grupo 5:
Porque a cultura e a memória, campos de estudo da museologia, são resultado da interação dos seres inteligentes e da sua disposição geográfica no globo.

Grupo 6:
Porque o museólogo através da disciplina de biogeografia como ciência auxiliar da museologia pode expandir sua atuação profissional, pois possibilita o entendimento das relações entre o meio e os seus organismos, nas seguintes áreas:
Zoológicos e parques;
Museus de ciências naturais;
Sítios arqueológicos;
Políticas de patrimônio natural.

Grupo 7:
A biogeografia da um embasamento geral do meio ambiente já que a museologia abrange tanto a área de patrimônio histórico quanto patrimônio ambiental. Também ajuda nas áreas de Paleontologia e aquiologia assim como nos meios de conservação.

Grupo 8:
Porque o museólogo pode atuar também em favor do desenvolvimento sustentável, concientizando as pessoas em visitações de museus naturais na preservação da fauna e da flora parimonial que se encontram em extinção. Não esquecendo de que o Planeta Terra é um patrimônio a ser preservado. Portanto o museólogo tem o DEVER de obter informações sobre biogeografia.

Grupo 9:
A museologia faz parte do campo da informação, por isso, precisa entender diversos discursos científicos. Sendo a biogeografia uma área abrangente do campo bioógico é fundamental ao museólogo compreender seus fundamentos para então aplicar os conceitos museológicos a este campo científico.

sexta-feira, março 23, 2007

Introdução à Biogeografia (1a. aula)


Notícias
  • Esforço para abordar a disciplina no contexto da Museologia

  • Excursão nos dias 15 e 22 de junho – possivelmente um trabalho valendo nota

  • Uma única prova ao fim do curso


O que é Biogeografia?

  • O QUE vive ONDE e PORQUÊ?

  • O QUE são os organismos vivos (Tipos de plantas, animais, microorganismos, fungos e vírus)

  • O ONDE é a distribuição dos seres vivos – o simples mapeamento das regiões onde vive cada tipo de fauna e/ou flora

  • O PORQUÊ é a explicação para a distribuição - as respostas possíveis invocam explicações ecológicas e históricas

  • Um novo advérbio, dessa vez de tempo – QUANDO

As Biotas nem sempre ocuparam o mesmo espaço que ocupam hoje.

  • ORGANISMO x ESPAÇO x TEMPO

  • Nós, de onde viemos e para onde vamos? Biogeografia e conservação

Como o homem afeta o ambiente em que vive e limita a distribuição dos demais organismos.

A Ilha de Páscoa é um exemplo de provável desastre ecológico com causas humanas

  • Zoogeografia + Fitogeografia = Biogeografia

  • A biogeografia é uma disciplina peculiar, porque a maioria dos seus praticantes não é composta por biogeógrafos, mas por sistematas, especialistas em algum grupo de organismos. (Nelson & Patterson, 1993)

Várias Abordagens da Biogeografia

O termo Biogeografia significa várias coisas para áreas diferentes, dependendo do foco de interesse e as escalas espacial e de tempo abordadas.

  • Biogeografia Descritiva

  • Biogeografia Ecológica

  • Biogeografia Histórica

    • Noção de Centro de Origem (fixismo)

  • Dispersionismo x Vicariância

  • Paleoecologia

  • Biogeografia Humana

Biogeografia Ecológica

  • Escala de tempo

  • Diversidade nas diferentes Latitudes

  • Continentalidade

  • Correntes marinhas

  • Barreiras Geográficas

  • Barreiras Climáticas

  • Competição e Co-Evolução

Biogeografia Histórica

  • Aquele ecossistema sempre esteve lá?

  • Relações entre a Biogeografia e a Evolução dos Organismos vivos

  • Crenças antigas – fixismo (no espaço e entre os organismos)

  • Crenças atuais – mudanças paleoclimáticas e tectônica de placas

  • Vicariância

Porque Biogeografia?

  • Durante o curso serão feitos exercícios semelhantes para monitorar o desenvolvimento do pensamento do museólogo em relação à biologia (biogeografia)

  • Preservação do patrimônio biológico e científico

  • Prestar contas à sociedade do que é feito pelos cientístas que estuda História Natural

  • Conhecer a história do desenvolvimento da biosfera e da construção deste conhecimento

Tipos de Patrimônio Natural: Paisagístico, Científico (morfológico e genético)

  • Parques e unidades de conservação

Corredores naturais, tamanho mínimo de área x tamanho mínimo de populações

  • Porque preservar?

    • Usos e exploração atuais (Exploração direta; serviços de manutenção do ecossistema terrestre; preservação da diversidade biológica; uso turístico)

    • Usos e exploração futura (Exploração direta através do desenvolvimento de biotecnologia; serviços de manutenção do ecossistema terrestre; preservação da diversidade biológica; preservação das condições ecológicas propícias à vida humana)

    • Bem estar e deleite estético humano

    • Direito dos demais seres vivos à vida (há quem questione!)

  • Coleções científicas

    • Únicos registros documental da diversidade e distribuição espacial de organismos

    • Base para trabalhos de sistematas, taxônomistas e biogeografos

  • Exposições de biologia

segunda-feira, março 12, 2007

Ementa

Histórico Geral e Introdução à Biogeografia; Conceituação, Divisões e Principais Objetivos da Biogeografia; Biogeografia Ecológica x Biogeografia Histórica; Sistemática e Biogeografia; Padrões de Distribuição; Endemismo e Cosmopolitismo; Biogeografia de Ilhas; Teoria dos Refúgios; Dispersionismo e Vicariância; Panbiogeografia; Tectônica de Placas; Biogeografia Filogenética; Biogeografia Cladística; Filogeografia; Padrões de Biodiversidade; Biogeografia e Conservação.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Fornecer ao aluno informações fundamentais sobre Biogeografia, de modo que o mesmo seja capaz de compreender a atual importância de estudos relativos à diversidade, padrões de distribuição e evolução biológica associada a tais padrões. Ao final do curso, o aluno deverá conhecer os fundamentos e conceitos dos principais métodos biogeográficos, suas principais implicações, bem como eventuais limitações e problemas.


Bibliografia

  • BROWN, J. H. & M. V. LOMOLINO, 2006. Biogeografia 2ªed. rev. e ampl 691p. FUNPEC, Ribeirão Preto.
  • COX, C. B. & P. D. MOORE, 2005. Biogeography - An Ecological and Evolutionary Approach. 7a. edição, Blackwell Publishing, Malden, MA, pp:428
  • FUTUYMA, D. 1998. Biologia Evolutiva, 3a edição, Sinauer Associates
  • PAPAVERO, N. & J. BALSA, 1986. Introdução histórica e epistemológica à biologia comparada, com especial referência à biogeografia. I – do Gênesis ao fim do Império Romano do Ocidente. Sociedade Brasileira de Zoologia, Belo Horizonte, MG. pp:168
  • PAPAVERO, N., D. M. TEIXEIRA & J. LLORENTE-BOUSQUETS. História da biogeografia no período pré-evolutivo. FAPESP/Plêiade, São Paulo, SP. pp:258

Professores

Prof. Carlos Figueiredo é o professor ministrante da disciplina neste semestre e é Zoologo, Ictiólogo e professor do Curso de Ciências Ambientais da UNIRIO. É também responsável pelas disciplinas de Gestão Ambiental, Perícia Ambiental e Certificação e Auditorias Ambientais.


Prof. Ricardo Campos da Paz irá complementar o curso com algumas palestras e aulas isoladas. Ricardo é Zoologo, Ictiólogo, especialista em peixes da Ordem Gymnotiformes e chefe do Laboratório de Ictiologia Neotropical (LABIN) na Escola de Ciências Biológicas da UNIRIO